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Glaucoma
O que é o glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular crônica que afeta o nervo óptico e pode levar à perda irreversível da visão se não for tratada adequadamente. O nervo óptico é responsável por transmitir sinais visuais do olho para o cérebro. No glaucoma, o dano ao nervo óptico é frequentemente associado ao aumento da pressão intraocular (PIO), mas também pode ocorrer em pessoas com pressão intraocular normal.
Fatores de risco para o glaucoma
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Histórico familiar;
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Pressão intra- ocular elevada;
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Idade avançada;
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Diminuição da espessura corneana (córneas finas);
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Etnia africana - Glaucoma primário de ângulo aberto;
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Etnia asiática - Glaucoma primário de ângulo fechado;
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Trauma ocular direto;
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Condições oculares inflamatórias;
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Uso prolongado corticoide, principalmente na forma de colírio.
Exames para diagnosticar o glaucoma
Tonometria
Este é um exame utilizado para medir a pressão intraocular (PIO). Existem diferentes tipos de tonometria, incluindo a tonometria de aplanação de Goldmann, a tonometria de sopro (puff de ar) e a tonometria de contato.
Exame de fundo de olho
O exame serve para examinar o nervo óptico e a retina. Alterações no nervo óptico, como escavação anormal ou aumento da relação escavação/disco, podem ser indicativas de danos causados pelo glaucoma.
Gonioscopia
Este é um exame utilizado para avaliar o ângulo de drenagem do olho. O oftalmologista usa uma lente especial para examinar a estrutura do ângulo da câmara anterior do olho, onde ocorre a drenagem do fluido intraocular. Isso é particularmente importante para distinguir entre diferentes tipos de glaucoma, como glaucoma de ângulo aberto e glaucoma de ângulo fechado.
Campimetria ou Perimetria ou Campo Visual
Este exame avalia a visão periférica do paciente, detectando áreas de perda visual que podem ser indicativas de danos causados pelo glaucoma. O paciente é solicitado a olhar para um ponto fixo enquanto luzes ou objetos aparecem em diferentes partes de sua visão periférica.
Tomografia de coerência óptica (OCT)
Este é um exame de imagem não invasivo que utiliza luz para criar imagens detalhadas das estruturas internas do olho, incluindo o nervo óptico e a camada de fibras nervosas. O OCT pode ajudar a avaliar a espessura e a integridade das fibras nervosas, fornecendo informações valiosas sobre o estado do nervo óptico e possíveis danos causados pelo glaucoma.
Paquimetria ultrassônica
Este exame mede a espessura da córnea, o que pode afetar a leitura da pressão intraocular. A espessura da córnea é um fator de correção importante ao interpretar a pressão intraocular medida.
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Glaucoma de ângulo aberto: Este é o tipo mais comum de glaucoma. Ele se desenvolve gradualmente ao longo do tempo e pode não apresentar sintomas óbvios nos estágios iniciais. À medida que o glaucoma de ângulo aberto progride, pode resultar em perda gradual da visão periférica, eventualmente levando à cegueira se não for tratado.
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Glaucoma de ângulo fechado: Este tipo de glaucoma ocorre quando o ângulo entre a íris e a córnea fica bloqueado, impedindo a drenagem normal do fluido intraocular. Isso leva a um aumento súbito da pressão intraocular, o que pode causar sintomas agudos, como dor ocular intensa, visão turva, halos ao redor das luzes e náuseas. O glaucoma de ângulo fechado é uma emergência médica e requer tratamento imediato para evitar danos permanentes à visão.
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Glaucoma secundário: Este tipo de glaucoma ocorre como resultado de outra condição ocular ou fator de risco, como trauma ocular, inflamação ocular, uso prolongado de esteroides, diabetes ou outras doenças oculares.
Tipos de Glaucoma
Sintomas do glaucoma
O glaucoma é frequentemente referido como o "ladrão silencioso da visão" porque muitas vezes não apresenta sintomas evidentes nos estágios iniciais da doença. No entanto, à medida que o glaucoma progride, os sintomas podem se desenvolver gradualmente. Alguns dos sintomas mais comuns do glaucoma incluem:
Visão periférica reduzida
No estágio inicial do glaucoma, a perda de visão geralmente começa na visão periférica (lateral), o que pode não ser perceptível para a pessoa afetada
Visão em túnel
À medida que o glaucoma progride, a perda de visão periférica pode se agravar, levando a uma visão em túnel, na qual a visão central permanece relativamente intacta, mas a visão lateral está comprometida.
Visão embaçada ou turva
Alguns pacientes com glaucoma podem experimentar visão embaçada ou turva, especialmente durante os estágios mais avançados da doença.
Halos ao redor das luzes
O glaucoma pode causar halos ou círculos coloridos ao redor das fontes de luz, especialmente à noite, devido à pressão aumentada no olho.
Dor ocular
Em casos de glaucoma agudo de ângulo fechado, uma forma menos comum de glaucoma, a pressão intraocular pode aumentar rapidamente, causando dor ocular intensa, dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Olhos vermelhos
A pressão intraocular elevada associada ao glaucoma pode causar olhos vermelhos ou avermelhados.
Dores de cabeça
Dores de cabeça frequentes podem ocorrer em alguns casos de glaucoma, especialmente se houver um aumento súbito na pressão intraocular.
É importante ressaltar que muitas pessoas com glaucoma podem não apresentar sintomas até que ocorra uma perda significativa da visão. Portanto, é crucial fazer exames oftalmológicos regulares, especialmente se você estiver em um grupo de risco para o glaucoma, como pessoas com mais de 60 anos, histórico familiar da doença ou pressão intraocular elevada. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir a perda irreversível da visão causada pelo glaucoma.
Tratamento do glaucoma
O tratamento do glaucoma visa principalmente controlar a pressão intraocular (PIO) para prevenir danos adicionais ao nervo óptico e preservar a visão. O tratamento pode variar de acordo com o tipo e a gravidade do glaucoma, bem como as necessidades individuais de cada paciente. Algumas opções de tratamento comuns incluem:
Colírios hipotensores oculares
Estes são medicamentos tópicos aplicados nos olhos para reduzir a pressão intraocular, geralmente administrados uma ou várias vezes ao dia. Existem diferentes classes de colírios, incluindo beta-bloqueadores, agonistas alfa-adrenérgicos, agonistas beta-adrenérgicos, análogos de prostaglandinas e inibidores da anidrase carbônica.
Medicamentos orais e endovenosos
Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos orais para ajudar a controlar a pressão intraocular. Estes podem incluir diuréticos (manitol) ou inibidores da anidrase carbônica.
Procedimentos a laser
Diferentes procedimentos a laser podem ser usados para aumentar a drenagem do fluido intraocular e reduzir a pressão dentro do olho. Os procedimentos a laser comuns incluem a trabeculoplastia seletiva a laser (SLT), iridotomia a laser e iridoplastia a laser.
Cirurgia de glaucoma
Em casos mais avançados ou quando outras formas de tratamento não são eficazes, a cirurgia de glaucoma pode ser necessária para criar uma nova via de drenagem para o fluido intraocular ou reduzir a produção de fluido. Algumas técnicas cirúrgicas comuns incluem trabeculectomia, cirurgia de válvula de drenagem e cirurgia a laser de ciclofotocoagulação.
Monitoramento regular
Independentemente do tratamento escolhido, é essencial que os pacientes com glaucoma façam exames oftalmológicos regulares para monitorar a progressão da doença, avaliar a eficácia do tratamento e ajustar a terapia conforme necessário.
O tratamento do glaucoma geralmente é contínuo e vitalício, pois a doença não pode ser curada, apenas controlada. É importante seguir as instruções do oftalmologista e continuar o tratamento conforme prescrito para prevenir a perda irreversível da visão associada ao glaucoma.
Dica da Dra. Bruna sobre o Glaucoma | Oftalmologista em Ribeirão Preto
Só uma avaliação individual, feita por um oftalmologista, poderá definir o tratamento eficaz para cada paciente. É importante ressaltar, também, que o aumento da pressão ocular não está relacionado com a pressão sanguínea.
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